domingo, 28 de setembro de 2008

Tête-à-Tête



"Entre nós, trata-se de um amor necessário: convém que conheçamos também amores contingentes."

Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre -  Tête-à-Tête
Hazel Rowley - Editora objetiva
"Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância."
Simone de Beauvoir
Emocionante acompanhar nas páginas desse livro a história e os relatos sobre o relacionamento de um dos casais mais lendários e famosos da história. A morte os separou após 50 anos de uma relação nada ortodoxa. Eram brilhantes, corajosos e profundamente inovadores.

"Não nascemos covardes ou preguiçosos: escolhemos ser essas coisas. O homem é responsável pelo que é...O homem está condenado à liberdade" (Jean-Paul Sartre)

"A liberdade exige coragem moral. As mulheres podem obter vantagens bajulando os homens, vivendo através deles, sendo sustentadas por eles. É um caminho fácil: nele se evita a tensão envolvida em assumir uma autêntica existência"
"Viver é envelhecer, nada mais."
"É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta."

Simone de Beauvoir


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sorria, a vida é de graça




O poema é do escritor e consultor mineiro Geraldo Eustáquio de Souza.
Quem quiser conhecer suas poesias, textos e poemas, pode acessar www.paracrescer.com.br



Sorria, a vida é de graça
(Geraldo Eustáquio de Souza)

Então você vai querer passar a vida toda
trancado nesse corpo duro,
com essa cara amarrada
e esse ar de que está muito acima
do comum dos mortais,
tentando fazer os outros acreditarem
que está sempre muito ocupado,
que o seu trabalho é importantíssimo,
que não tem nenhum tempo a perder
com coisas banais como viver?

Até quando você vai fingir que não tem
necessidades humanas básicas
como carinho, sexo, amizade, prazer?
Até quando preencherá suas carências
buscando mais dinheiro, sucesso e poder,
como se essas coisas pudessem aliviar
seu indescritível medo de morrer?

É por causa desse medo
que você se esforça tanto
para ser admirado
pelos mesmos outros
que tanto despreza,
como se o aplauso deles
pudesse adiar para sempre a morte certa
e dar um sentido à vida mais sem sentido
que você tem levado
- ou melhor, que você tem sofrido -
em silêncio,
triste,
ressentido e amargurado,
cheio de dores no corpo e na alma,
cheio de desejos sufocados,
de conceitos equivocados,
de padrões de comportamento
completamente fora da realidade

Para que você faz isso com você?
Que crime você cometeu
para se punir tanto,
ao ponto de não se permitir brincar,
de não ser mais capaz de sorrir,
de ter vergonha de se enfeitar,
e sair por aí,
aprontando todas,
lindo, leve, livre e solto
como a Natureza o criou
Será que alguma coisa palpável
nessa vida tão passageira
pode justificar tanto sacrifício interior?

Sinto lhe dizer
que você tem lutado
por meras ilusões,
idéias vagas e irrealistas
de como alguém DEVERIA ser,
tentando desesperadamente se fazer igual
aos ultrapassados modelos que lhe deram,
abrindo mão, talvez sem perceber,
do único modelo que você deve seguir:
- VOCÊ MESMO


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Música que é um poema

"Só encontro gente amarga,
mergulhada no passado,
procurando repartir seu mundo errado,
nesta vida sem amor que eu aprendi...
Por uns velhos vãos motivos,
somos cegos e cativos
no deserto do universo sem amor..."
Taiguara

Bíblia

Palavras que me consolam e me enchem de ânimo:

"Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância"
João 10:10

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Anúncio de jornal

Anúncio de jornal
(Marcos Maia)

Precisa-se de um colo
para deitar a alma,
para sentir-se amado,
para buscar a calma
e achar consolo.
Procura-se carinho
para não chorar
como quem deve.
Para não pensar
que está sozinho.
Aceita-se a ilusão
como um tino,
como um norte.
Para buscar a trilha,
para driblar a morte
e sentir paixão.

Os cegos do castelo

Música de Titãs, um clássico

Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, o lugar
Pro que eu sou
Eu não quero mais dormir
De olhos abertos me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver venha explodir
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar
Que restou
E se você puder me olhar
E se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar
Eu vou cuidar, eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Do seu jardim
Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar, e de você e de mim

http://www.youtube.com/watch?v=X-4cQAjhjBU

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dica de filme

Mamma Mia - Meryl Streep
Leve, divertido. Tive vontade de me levantar e dançar dentro do cinema. Viajei no tempo!

domingo, 21 de setembro de 2008

O medo de amar

O medo de amar é o medo de ser livre
Beto Guedes e Fernando Brant

O medo de amar é o medo de ser
Livre para o que der e vier
Livre para sempre estar
Onde o justo estiver
O medo de amar é o medo de ter
De a todo momento escolher
Com acerto e precisão
A melhor direção
O sol levantou mais cedo e quis
Em nossa casa fechada entrar
Pra ficar
O medo de amar é não arriscar
Esperando que façam por nós
O que é nosso dever
Recusar o poder
O sol despertou mais cedo e cegou
O medo dos olhos de quem doi ver
O sol levantou mais cedo e cegou
O medo nos olhos de quem foi ver
Tanta luz.

sábado, 20 de setembro de 2008

Bola de meia, bola de gude

Hoje quero fazer uma homenagem ao meu pai.
Com ele aprendi a ter compaixão, a me colocar sempre no lugar do outro, ter humildade, ser feliz com as coisas simples da vida, a agradecer sempre e levar a vida com alegria.

Meu pai é um homem bom, sem grandes ambições, viveu para a família e trabalhou muito para que tivessemos uma vida confortável, digna e com muita alegria.
Falo com orgulho pois tive o privilégio de ouvir a voz do meu pai cantando, dando risadas e ensinando aos filhos a celebrar a vida, agradecer sempre e ser feliz com pouco.
Em lembranças da infância no link abaixo, conto algumas passagens das reuniões dos amigos da família nas festas que meu pai fazia:
Lembranças da infância

Minha infância teve piquenique, brincadeiras no clube, banho de cachoeira e piscina, guerra de travesseiros, jogo de bola de meia.

Na casa de meus pais nunca falta sorvete. Minha mãe reclama que  sempre que vão ao supermercado meu pai só coloca sorvete no carrinho de compras.
Gostar de sorvete é escolher a vida, é escolher ser feliz.


Sempre que ouço essa música me lembro do meu pai.

Bola de meia, bola de gude
Milton Nascimento


Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente, o sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra o menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas que eu acredito que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor
Pois não posso, não devo, não quero viver como toda essa gente insiste em viver
Eu não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude, o solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança o menino me dá a mão
Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração
toda vez que o adulto fraqueja ele vem pra me dar a mão

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

AH, UM CAFÉ!

Hoje quero publicar uma poesia do meu querido amigo das Minas Gerais.

AH, UM CAFÉ!
Wanderlei Guedes

"Ah, um café!
Um papo, com adoçante ou açúcar,
Sempre um doce papo.
Um amigo, uma lembrança,
Uma risada, uma pausa
Para um minuto de silêncio.
Que é eternamente momentâneo.
Uma saudade sorvida
Em pequenas doses.
Um encontro feito de retalhos
De reminiscências.
Ah, desencontros descafeinados!
Distâncias tantas, tão amargas,
Passadas no coador das mágoas.
Ah, meu Deus, o que faço agora?
O pó acabou. "

P.S Melhor que um café, só cafuné!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pessoa nas ondas do mar

(Fotografei: Praia de São Miguel - Maceió)


Publico versos de Fernando Pessoa e música de João Gilberto.  Degustação poética e musical para sintonizar a alma na vibração divina.

"Navegar é preciso, viver não é preciso.
Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,mas nele é que espelhou o céu."
Fernando Pessoa


Wave - João Gilberto