segunda-feira, 13 de abril de 2009

Como nossos pais

Como nossos pais (Belchior)


Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo

Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa

Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens

Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz

Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração

Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais

Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais

Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém

Você pode até dizer que 'eu tô por fora, ou então que eu tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem


Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal

Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais!


Essa música me leva a inúmeras reflexões:
O que foi recebido, não percebido e repassado, como modelo.
O que foi recebido, não questionado e aceito.
O que foi recebido, repassado e depois desfeito, refeito e perdoado.

O que precisamos trazer do passado...
O que precisamos deixar no passado...
O engano por recebermos modelos que já caducaram e insistimos em adotar como estilo de vida.
Modelos mentais falidos e não questionados.
O medo...
O medo de inovar, de fazer diferente, de transgredir.

O MEDO DE SER FELIZ!

Para ouvir, acesse:

http://www.youtube.com/watch?v=fMtMltpqSrA

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sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Garota das Laranjas

Enfim terminei a leitura do livro "A Garota das Laranjas" de Jostein Gaarder ( autor de O Mundo de Sofia).

Me perdi em reflexões profundas sobre nossa condição humana, enigmas existenciais. Muitas vezes fui às lágrimas.

Apenas um trecho que o autor deixa como sugestão:

" Perguntem aos seus pais como eles se conheceram. Pode ser que eles contem uma historia interessantíssima. Se não tiverem certeza de que eles vão contar exatamente a mesma história, perguntem a cada um separadamente.
E não se surpreendam se eles ficarem sem jeito no começo. É assim mesmo. Esses contos de fada sobre os quais nós acabamos de conversar nunca são perfeitamente iguais, mas agora eu percebo, pouco a pouco, que todo conto de fadas tem regras mais ou menos rígidas, que tornam difícil falar neles.Talvez vocês devam tentar contorná-las. Nem sempre é fácil tomá-las ao p-e da letra, e existe uma coisa que a gente chama de "tato".
Quanto mais minuciosa for a história, tanto mais dá nos nervos ouvi-la, pois bastava alterar um pequeno detalhe para que o final fosse totalmente diferente, para que vocês não tivessem nascido. Aposto que há milhares e milhares de ínfimos pormenores que teriam modificado absolutamente tudo, e vocês não teriam tido a menor chance.
Ou, para citar o meu inteligentíssimo pai: a vida é uma loteria gigantesca, na qual só os números vencedores são visíveis. "

"Quem não vive agora, não vive nunca.
O que você está fazendo? "
Piet Hein, poeta dinamarquês

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sábado, 4 de abril de 2009

Sempre em frente



Tenha sempre presente que a pele se enruga,

o cabelo embranquece,

os dias se convertem em anos...

mas o que é importante

não muda.

A tua convicção e força interior

não têm idade.

Atrás de cada linha de chegada,

há uma de partida.

Atrás de cada conquista,

há um novo desafio.

Enquanto estiveres vivo,

sinta-te vivo.

Se sentes saudades do que fazias,

volta a fazê-lo.

Não vivas de fotografias amareladas.

Continua

quando todos esperam que desistas.

Não deixes que enferruje

o que existe em ti.

Quando não conseguires correr atrás dos anos,

marche.

Quando não conseguires marchar,

caminhe.

Quando não conseguires caminhar,

use uma bengala.

Mas não te detenhas...

Jamais!

Autor: Madre Tereza de Calcutá
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