domingo, 28 de agosto de 2011

Cinema Paradiso

Cinema Paradiso é o filme que está na minha lista de "movieslist" prediletos. Tenho  paixão pelo cinema, valorizo relações de lealdade e cumplicidade como a de Alfredo e Salvatore, minhas origens estão na Itália e a trilha sonora é uma das mais belas que já ouvi.

Minha mãe teve na minha infância a função que o Alfredo teve na vida de Salvatore, estimulando os filhos a gostarem de cinema. Somos descendentes de italianos e o gosto e preferência cultural podem estar na memória genética.
Meus bisavós maternos, Aristides e Filomena Lanza, nasceram em Verona, região de Veneto, na cidade de Cerea e vieram pro Brasil trazendo os costumes, heranças e lembranças.

Minha avó materna chamava-se Edmea, nome que herdei e que também, poderia ser da personagem do filme E La Nave Vá, de Federico Fellini. Ele traz na "película" a personagem Edmea, cantora de ópera, cujas cinzas são jogadas no mar pelo jornalista Orlando, a bordo de um luxuosos navio a caminho de Nápoles.

Já escrevi alguns artigos sobre minha infância, passeios de bicicleta com meu pai, rodas de violão na cozinha de casa, coral da igreja de Sant'Ana na missa de domingo.

Hoje escrevo sobre a minha mãe e nosso batismo nas salas de cinema na infância.
Ìamos às matinês, costume e ritual de domingo, assim como assistir às missas na paróquia onde morávamos.

Ainda, sobre o filme Cinema Paradiso, gravei a cena mais verdadeira e que mais tocou. Alfredo, ao se despedir de Salvatore, fala ao seu afilhado que vai tentar a sorte na cidade grande:

- Não duvide, não sofra, não olhe para trás. Não deixe que a saudade te faça voltar e te impeça de seguir seus sonhos. 

Fiquei emocionada com a despedida deles e todas as vezes que assisto não tem jeito, as lágrimas rolam sem pedir licença.


Dedico este artigo a minha mãe, com muito carinho.

THE END!

Abaixo, duas versões do tema do filme Cinema Paradiso, a alma da gente gosta de ouvir.





terça-feira, 23 de agosto de 2011

Até que a morte nos separe


Até que a vida ou a morte nos separe?


Uma palavra que sempre me provoca reflexão é VIDA.

Para viver basta estar vivo?
Com certeza, respondo que não basta. Ultimamente, livros de auto-ajuda dão ensinamentos, dicas e roteiros para simplicar a vida, mudar sua vida, etc.

Mas o que mais tem chamado minha atenção nos útimos tempos e que merece destaque é a quantidade de livros lançados com sugestões de coisas interessantes para se fazer ANTES de MORRER.

101 coisas para fazer antes de morrer
1001 discos para ouvir antes de morrer
1001 filmes para assistir antes de morrer
1001 livros para ler antes de morrer
1000 lugares para conhecer antes de morrer


As coletâneas feitas pelos autores são merecidas, mas não é este aspecto o que me provoca inquietação.

O que me desperta indignação é a urgência de se fazer inúmeras coisas antes de morrer, sem estar realmente VIVO, como disse o poeta Guimarães Rosa, vida, no rabo da palavra.

Optar pela vida é uma decisão que pode estar sendo adiada sem que se perceba.
Estar vivo e viver escolhendo a vida requer consciência.

Estamos muito ocupados fazendo coisas urgentes antes de morrer, sem estar escolhendo a vida. Tudo se tornou clichê.

Estamos na dualidade, cumprindo metas antes de morrer e na dúvida se existe vida após a morte.

Eu me pergunto:

Existe vida antes da morte? 

Li algumas partes da Bíblia e no livro Gênesis, conta-se a história de Esaú e Jacó, filhos de Isaac. Reflexões muito proveitosas sobre escolhas e viver, cada um a seu modo. Por medo da morte, Esaú decide viver como se já estivesse morto e tudo desse na mesma. ( Gênesis, XXV, 27 a 34).


Escolher a vida sem manual, bula ou receita. Eis o desafio.
Viver o momento, sem pressa ou a toda velocidade, inquieto ou em paz.
Cada um sabe do seu ritmo e do que dá conta.

Eu escolhi meu jeito, sem complicação.


Simples assim! Quero viver!
Que haja VIDA antes da morte e quem sabe me animo a escrever  alguns livros ou dicas:
  • 1001 coisas para fazer enquanto estiver VIVA
  • 1001 músicas para ouvir enquanto tiver audição
  • 1001 filmes para ver enquanto tiver visão
  • 1001 lugares para visitar enquanto tiver pique para caminhar, vontade de viajar e desejo de aventura.
Selecionei algumas músicas para celebrar a vida. Pode ser piegas. Tudo bem...

A primeira "Viva La Vida" Cold Play.  Mágica!
A segunda música "O que é, o que é" de Gonzaguinha.
a terceira, Testamento de Vinícius de Morais
Espero que gostem.

Eu escolho a vida, até que a morte nos separe.



domingo, 14 de agosto de 2011

Sintonia

 (Fotografei: British Museum - Londres Maio 2008)

"Cantem e dancem juntos e sejam alegres, mas que cada um também fique só, assim como as cordas do alaúde são sós, embora vibrem a mesma música. 
Deêm os seus corações, não para um conter o do outro, pois somente a mão da vida pode conter os corações. 
Fiquem juntos, mas nunca perto demais, pois as colunas do templo, para sustentá-lo, estão separadas. 
O carvalho e o cipreste não crescem, um à sombra do outro." 
Khalil Gibran

 

"As coisas que se harmonizam em tom, vibram em conjunto. As coisas que, entre si, têm afinidade em suas essências mais íntimas atraem-se mutuamente".Confúcio