sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ócio e doce deleite


Saber se entregar ao ócio é uma arte. Diminuir a velocidade. Degustar o momento. Escutar o corpo, gingar no ritmo de uma música suave, sentir o vento refrescando a face, viver plenamente o deleite da paz e da serenidade.

Adélia Prado traz o verso e eu acrescento um ritmo gostoso de uma música que me fez fechar os olhos e  dançar, escutando meu corpo e aceitando meu ritmo. 

"Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida

foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes. "
Adélia Prado





Te convido a ouvir a música abaixo e criar sua dança.  Puro ócio e doce deleite:





terça-feira, 14 de agosto de 2012

Somebody to Love


Inspiração veio de repente, depois de ler algumas postagens e enquanto escuto Queen. Deixo aqui um texto para começar o dia com energia e inquietação. 


 Amor e perseguição

“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”. Norman Mailer. Copiem. Decorem. Aprendam.

Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor em bares, buscamos o amor na internet, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir o seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade.

Amor não é medicamento. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproximará,e, caso o faça vai frustrar suas expectativas, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza,ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: “Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu”. Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas.

“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”. Normal Mailer. Divulguem. Repitam. Convençam-se.

O amor, ao contrário do que se pensa, não tem que vir antes de tudo: antes de estabilizar a carreira profissional, antes de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir do seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir diante de você sem máscaras e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar. 

Para quem acha que isso é chantagem, arrisco sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável e não é tarefa tão complicada. Felizes aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa. 
Martha Medeiros

Somebody to Love - Queen: