sexta-feira, 24 de julho de 2009

Frases de Clarice Lispector

" Tenho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista. Tenho que ter paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco sem saída”

"Eu sou mansa, mas minha função de viver é feroz."

“Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.”

“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.”

“E se me achar esquisita, respeite também.
Até eu fui obrigada a me respeitar.”

“Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.”

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

“Ter nascido me estragou a saúde”

“Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.”

“Brasília…Uma prisão ao ar livre.”

“Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.”

“Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim.”

“O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo.”

“Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem”

“Que medo alegre, o de te esperar.”

“Acho que devemos fazer coisa proibida – senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres.”

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Amor líquido


O escritor sociólogo Zygmunt Bauman investiga e destaca aspectos da era da modernidade líquida em que vivemos - um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível - que é fatal para nossa capacidade de amar, seja esse amor direcionado ao próximo, a nosso parceiro ou a nós mesmos.
Ele investiga de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais flexíveis, gerando níveis de insegurança sempre maiores.
Ao darmos prioridade a relacionamentos em "redes", as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade - e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual - não sabemos mais manter laços a longo prazo.
A modernidade líquida traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos - um amor líquido. A insegurança inspirada por essa condição estimula desejos conflitantes de estreitar esses laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos.
O autor radiografa esse amor, tanto nos relacionamentos pessoais e familiares quanto no convívio social com estranhos e de que forma o homem sem vínculos se conecta.
O autor dedica o livro aos riscos e ansiedades de se viver junto, e separado, em nosso líquido mundo moderno.
"Sempre se pode apertar a tecla de deletar" (depoimento de um jovem da Universidade de Bath, UK).

Abaixo, algumas reflexões com Contardo Calligaris (sou fã)