A imortalidade, nos versos de Milan Kundera:
"Existe uma parte de todos nós que vive fora do tempo. Talvez só tomemos consciência da nossa idade em momentos excepcionais, na maioria do tempo, não temos idade."
E então, coloquei minha dança em versos.
O Poema Sou Eu
Edméa Oliveira
(Imagem editada pela querida amiga Karla Valverde)
O poema sou eu
Nunca dou importância e não tenho curiosidade em saber a idade das pessoas.
Talvez seja
porque se me perguntarem a minha idade, eu não saberei dizer.
Meu corpo de bebê foi fecundado e trazido ao mundo por meus pais e desde então, cresci.
Meu corpo de bebê foi fecundado e trazido ao mundo por meus pais e desde então, cresci.
Mas, hoje, quando me vejo, não sei dizer quantos anos eu realmente possuo.
Perdi a conta de quantas vezes eu morri e quantas vezes eu renasci.
Já me reinventei, já enterrei vivos tantos pedaços de mim, já ressuscitei também tantos outros...
E então, depois de tanta ânsia em me recriar, eu
fiquei assim - um mosaico de vidas e mortes - vibrando intensamente a vida que
teima e pulsa em mim.
Sei que um poema nasceu e o poema sou eu.
Autor: Edméa Oliveira