quinta-feira, 25 de março de 2010

Mulheres que correm com os lobos



Sensações de vazio, fadiga, medo, depressão, fragilidade, bloqueio e falta de criatividade são sintomas cada vez mais freqüentes entre as mulheres modernas, assoberbadas com o acúmulo de funções na família e na vida profissional. Esse problema, no entanto, não é recente, acredita a psicóloga junguiana Clarissa Pinkola Estés. Ele veio junto com o desenvolvimento de uma cultura que transformou a mulher numa espécie de animal doméstico.
Através da interpretação de 19 lendas e histórias antigas, entre elas as de Barba-Azul, Patinho Feio, Sapatinhos Vermelhos e La Llorona, a autora identifica o arquétipo da Mulher Selvagem ou a essência da alma feminina, sua psique instintiva mais profunda. E propõe o resgate desse passado longínquo, como forma de atingir a verdadeira libertação.
Técnicas da psicologia junguiana e algumas formas de expressão artísticas ligadas ao corpo podem ajudar na tarefa, mas a compreensão da natureza dessa mulher selvagem, com todas as características de uma loba, é uma prática para ser exercida ao longo de toda a vida.



A autora, através da interpretação de 19 lendas e histórias antigas, identifica o arquétipo da Mulher Selvagem ou a essência da alma feminina, sua psique instintiva mais profunda.

"Tudo o que buscamos, também nos busca e, se ficamos quietos, o que buscamos nos encontrará. É algo que leva muito tempo esperando por nós. Enquanto não chegue, nada faças. Descansa. Já tu verás o que acontece enquanto isto.”

Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente.
Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas.
Clarissa Pinkoa Estés,Ph.D

"Agir como sombra significa ter um toque tão suave, um passo tão leve, que torne possível uma movimentação livre pela floresta, observando sem ser observada. A loba segue como sombra qualquer um ou qualquer coisa que passe pelo seu território. É sua maneira de colher informações. É o equivalente de manifestar-se, transformar-se em algo com fumaça para voltar a manifestar-se."
(Capítulo 15: Agir como sombra)


7 comentários:

Unknown disse...

Esse livro deve estar na cabeceira de toda mulher. A história que eu mais gostei foi a da "Mulher-Esqueleto", que fala da vida-morte-vida dos relacionamentos, especialmente do amor. É uma lição de vida, especialmente para aquelas que acreditam no amor romântico e em príncipes encantados!

akimi disse...

Esse livro é muito forte...básico para todas a mulheres...como Raissa também comentou..A mulher-esqueleto é ótima...abraços,Akimi

edmeaoliveira disse...

Excelente leitura. Prá quem faz terapia na linha junguiana tb. traz muito conteúdo. É profundo e verdadeiro, resgatando nossa essência feminina.

Anônimo disse...

Um livro profundo, apaixonante. É o xodó das mulheres estudantes e profissionais em Psicologia, como eu! Beijo amiga, excelente sacada, saudades de voce!
Márcia Chequer

Unknown disse...

Pô, Edméia, quero que você publique um livro para a cabeceira de um homem. Pelos comentários, não vai dar para eu ler não! Não precisa ser violento! Pessoal, bricadeirinha, é só para pertubar minha querida cliente Edméia e gerar alguma polêmica

edmeaoliveira disse...

Saudades de vc tb. amiga querida:
Nossos papos e cantorias ( O bêbado e o equilibrista, lembra?)
Bj

edmeaoliveira disse...

Amigo Memé,
Vou publicar sobre a alma masculina em breve. Prometo.
Bj