segunda-feira, 5 de abril de 2010

Onqotô, proncovô, doncosô


(Imagens: Carol - minha filha - nas trilhas de Diamantina)

Costumo evitar, sempre que posso, confinamentos do tipo cruzeiros marítimos, resorts e todo tipo de passeio que me impeça de descobrir coisas novas em lugares que tem uma história pra contar.
Pode ser que algum dia, quando me cansar de explorar novos lugares, eu mude de idéia. Mas enquanto tiver pique, quero mesmo é "bater perna por aí".
Investiguei minhas memórias e descobri que tenho uma fantasia de juventude mal-resolvida.
Na verdade, queria ter um jipe e as vezes tenho uma vontade mais sofisticada, quem sabe um carro conversível. Mas a vontade original mesmo era ter um jipe...

As recordações vão chegando e me lembro de quando morava em Sete Lagoas e tinhamos um grupo de turismo ecológico chamado Novo Tempo. Fazíamos trilhas para a Serra do Cipó e ficavamos hospedados na Fazenda Monjolos. Os proprietários eram muito agradáveis, Sr. Osvaldo e D. Rosélia, um casal de médicos aposentados curtindo a natureza. Os lugares eram e ainda são, muito lindos, com trilhas e cahoeiras maravilhosas.

A gente sai de Minas, mas Minas não sai da gente não.
E hoje fiquei assim: cansada dos delírios e discursos pós-modernos e com muita vontade curtir minha mineirice em paz...

Acho que Tonhinho Horta definiu bem nessa música abaixo, o espírito de mineiro aventureiro. Manuel, o jipe do Toninho Horta. Manuel, o audaz.

Manuel, o Audaz
Lô Borges/Toninho Horta)

Se já nem sei o meu nome
Se eu já não sei parar
Viajar é mais, eu vejo mais
A rua, luz, estrada, pó
O jipe amarelou

Manuel, o audaz
Manuel, o audaz
Manuel, o audaz
Vamos lá viajar

E no ar livre, corpo livre
Aprender ou mais tentar

Manuel, o audaz
Manuel, o audaz
Iremos tentar
Vamos aprender, vamos lá

Manuel, o audaz
Vamos lá viajar

E no ar livre, corpo livre
Aprender ou mais tentar

Manuel, o audaz
Manuel, o audaz
Iremos tentar
Vamos aprender, vamos lá

Para ouvir, acesse;


10 comentários:

Unknown disse...

Mamis!!! Vem curtir a mineirice aqui em Diamantina comigo! Lugar melhor não tem! Saudades! Amo voce!
beijoss

edmeaoliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
wanderleiguedes disse...

Oi Edmea falou de Diamantina falou de mim. Meu coração é pequeno porque a saudade que sinto de Diamantina ocupa quase todo o espaço. Por isso em meu corpo corre a poesia que brota de lá daqueles pés de serra. As nuvens que dançam por sobre minha cabeça são o pó das estradas e trilhas que por lá trilhei. em busca de seja lá o que fosse para fazer-me gente. Agora quero um pouco da volta e estou constuindo com a argamassa da minha saudade o piso da minha choupana, onde pretendo conviver com as estrelas do meu passado lá. Beijos pra você e vivas para Carol que encontrou o verdadeiro caminho das pedras.

wanderleiguedes disse...

No carnaval de l989 a camiseta que criamos para a nossa turma mostrava esses dizeres: Cocôsô, Oncotô, Doncovim, proncovô. E nas costas: Sei lá! Um homem sem identidade.

edmeaoliveira disse...

Enviado por email, de uma amiga:
Amiga, fiquei tão emocionada! Lembrei do meu pai q era de Diamantina... E Manoel, o Audaz? A cara da minha época! tb andei pelas Minas Gerais em repúblicas de Ouro Preto nas férias.
bjs

edmeaoliveira disse...

Agora a pergunta, curiosa: Porque o jipe do Toninho Horta chamava Manuel??

edmeaoliveira disse...

Wanderley querido. Que bom esse caminho de volta! Curta muito isso. Carol adora sua cidade e diz sempre que a estrada éw linda tb. Nunca viu igual.
Bj, saudades das prosas e cantorias.

João Rios disse...

Edméa, esta semana estive em Fortaleza visitando a parentalha.
No meio da tarde de sábado (17/04) meu primo Evandro e o Lopes, maratonista na ativa com quase 60 anos, convidaram-me para colhermos bananas em Maranguape, terra de Chico Anísio. Subimos 900 metros de serra e despenhadeiros. Pura aventura e adrenalina num clima de uns 17 graus, numa trilha escorregadia, vigiada por abismos e cachoeiras.

Após completar a carga com uns cinco sacos de bananas chegou a hora de lavar as mãos e dá aquela mijadinha básica na beira do mato. Foi aí que percebi que estávamos num lindo jipe amarelo, do Lopes. Como eu já tinha lido seu blog, fiquei numa alegria danada ao relacionar seu texto com aquele jipe. Comentei com eles e lamentamos não termos uma máquina ou um celular para fotografarmos. De qualquer forma comprometi-me que registraria aquela tarde, aquele passeio naquele lindo jipe.

Não posso te dá as trilhas de Minas, nem um jipe amarelo. Mas se quiser subir aquela serra, naquele jipe, é só marcar o dia.
Abraços
Jrios

edmeaoliveira disse...

Olá Jonhn River,
Gostei de saber da sua aventura.
Obrigada pelo convite.
Bjs
Edméa

Anônimo disse...

O pó amarelou o jipe! rsrs