sábado, 20 de setembro de 2008

Bola de meia, bola de gude

Hoje quero fazer uma homenagem ao meu pai.
Com ele aprendi a ter compaixão, a me colocar sempre no lugar do outro, ter humildade, ser feliz com as coisas simples da vida, a agradecer sempre e levar a vida com alegria.

Meu pai é um homem bom, sem grandes ambições, viveu para a família e trabalhou muito para que tivessemos uma vida confortável, digna e com muita alegria.
Falo com orgulho pois tive o privilégio de ouvir a voz do meu pai cantando, dando risadas e ensinando aos filhos a celebrar a vida, agradecer sempre e ser feliz com pouco.
Em lembranças da infância no link abaixo, conto algumas passagens das reuniões dos amigos da família nas festas que meu pai fazia:
Lembranças da infância

Minha infância teve piquenique, brincadeiras no clube, banho de cachoeira e piscina, guerra de travesseiros, jogo de bola de meia.

Na casa de meus pais nunca falta sorvete. Minha mãe reclama que  sempre que vão ao supermercado meu pai só coloca sorvete no carrinho de compras.
Gostar de sorvete é escolher a vida, é escolher ser feliz.


Sempre que ouço essa música me lembro do meu pai.

Bola de meia, bola de gude
Milton Nascimento


Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente, o sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra o menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas que eu acredito que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor
Pois não posso, não devo, não quero viver como toda essa gente insiste em viver
Eu não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude, o solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança o menino me dá a mão
Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração
toda vez que o adulto fraqueja ele vem pra me dar a mão

Nenhum comentário: