Todos os anos, há um momento em que olhamos nossos armários com um olhar crítico. Olhamos aquelas roupas que não usamos há tanto tempo. Aquelas que tiramos do cabide de vez em quando, vestimos, olhamos no espelho, confirmamos mais uma vez que não gostamos e guardamos de volta no armário.
Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em mantê-lo guardado. Há ainda aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido "espetacular" ganho de presente de alguém que amamos, mas que não combina conosco e nunca usamos. Às vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém, mas a maior parte fica lá, guardada sabe-se lá porquê.
Um dia alguém me disse: tudo o que não lhe serve mais e você mantém guardado, só lhe traz energias negativas. Livre-se de tudo o que não usa e verá como lhe fará bem.
Acontece que nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos coisas que não nos servem mais. Você tem um guarda-roupa desses no interior da mente. Dê uma olhada séria no que anda guardando lá.
Experimente esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais. Jogue fora idéias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam energia. Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada a ver com os seus.
Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas, tóxicas, sem entusiasmo, que tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento. A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia, e lá vai você junto com elas.
Junte-se a pessoas entusiasmadas que o apóiem em seus sonhos e projetos pessoais e profissionais. Não espere um momento certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa "faxina interior". Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade.
Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve. Liberdade de experimentar o desapego. Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor, e que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem.
“ Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade
Mais do que de inteligência
Precisamos de afeição e douçura.
Sem estas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido”
(Charles Chapin)
Charles Chaplin, foi ator, diretor, produtor, dançarino, roteirista e músico britânico e foi um dos atores mais famosos do período conhecido como Era de Ouro do cinema dos Estados Unidos.
Chaplin foi uma das personalidades mais criativas que atravessou a era do cinema mudo; atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes.
Nasceu em 16 de abril de 1889 e faleceu em 25 de dezembro de 1977.
Para saber mais sobre a vida e o legado do gênio Charles Chaplin, recomendo o livro
Chaplin, Uma Vida – Weissman, Sthephen.
(Estátua de bronze de Charles Chaplin em Waterville - Condado de Kerry)
Waterville era um dos sítios preferidos para Charles Chaplin passar férias com a sua família. Em sua memória existe, num jardim frente à praia, uma estátua em bronze representando a conhecida figura de Charlot.
Ouçam Smile, (com Michael Jackson) e Luzes da Ribalta no links abaixo:
O poema que publico abaixo é muito divulgado na web e atribuído, erroneamente, ao escritor francês Victor Hugo.
A mensagem contida nesse belo poema é de autoria deSérgio Jockyman, jornalista, romancista, poeta e teatrólogo, nascido em Palmeira das Missões-RS em 1930.
O músico Frejat se inspirou nesse mesmo poema e gravou a música "Amor pra recomeçar" que eu coloco no fim deste post.
Para vocês, o poema e a música, com votos de Feliz Ano Novo
O
Os votos Sérgio Jockmann
Desejo primeiro que você ame, E que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim, Mas se for, saiba ser sem desesperar. Desejo também que tenha amigos, Que mesmo maus e inconseqüentes, Sejam corajosos e fiéis, E que pelo menos num deles Você possa confiar sem duvidar. E porque a vida é assim, Desejo ainda que você tenha inimigos. Nem muitos, nem poucos, Mas na medida exata para que, algumas vezes, Você se interpele a respeito De suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, Para que você não se sinta demasiado seguro. Desejo depois que você seja útil, Mas não insubstituível. E que nos maus momentos, Quando não restar mais nada, Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante, Não com os que erram pouco, porque isso é fácil, Mas com os que erram muito e irremediavelmente, E que fazendo bom uso dessa tolerância, Você sirva de exemplo aos outros. Desejo que você, sendo jovem, Não amadureça depressa demais, E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer E que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e É preciso deixar que eles escorram por entre nós. Desejo por sinal que você seja triste, Não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra Que o riso diário é bom, O riso habitual é insosso e o riso constante é insano. Desejo que você descubra, Com o máximo de urgência, Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos, Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta. Desejo ainda que você afague um gato, Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro Erguer triunfante o seu canto matinal Porque, assim, você se sentirá bem por nada. Desejo também que você plante uma semente, Por mais minúscula que seja, E acompanhe o seu crescimento, Para que você saiba de quantas Muitas vidas é feita uma árvore. Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, Porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano Coloque um pouco dele Na sua frente e diga"Isso é meu", Só para que fique bem claro quem é o dono de quem. Desejo também que nenhum de seus afetos morra, Por ele e por você, Mas que se morrer, você possa chorar Sem se lamentar e sofrer sem se culpar. Desejo por fim que você sendo homem, Tenha uma boa mulher, E que sendo mulher, Tenha um bom homem E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, E quando estiverem exaustos e sorridentes, Ainda haja amor para recomeçar. E se tudo isso acontecer, Não tenho mais nada a te desejar.
Os textos abaixo dispensam qualquer dissertação sobre o conteúdo.
O primeiro é da Glória Kalil e o segundo uma matéria publicada no Jornal Valor Econômico que reproduzo integralmente nesta página.
Boa degustação e boas reflexões!
SER CHIQUE SEMPRE
GLÓRIA KALIL
Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda.
Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto,não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
Chique mesmo é parar na faixa de pedestre. É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!
Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.
Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas amor e fé nos tornam humanos!
A riqueza material espelhada na perda dos sentimentos morais
Por Olga de Mello | Para o Valor, do Rio
07/12/2010
"A Prosperidade do Vício"
Daniel Cohen. Tradução de Wandyr Hagge. Zahar. 200 págs.,
Publicada em 1801, a novela "Juliette ou as Prosperidades do Vício", de Donatien Alphonse François, o Marquês de Sade, conta a história de uma jovem que despreza os valores morais vigentes e passa a viver para satisfazer seus próprios desejos, sem qualquer consideração pelos que a cercam. Por "Juliette" e outro livro, "Justine e os Infortúnios da Virtude", Sade foi encarcerado durante seus últimos 13 anos de vida em um hospício. A personagem Juliette, no entanto, não sofreu as mesmas sanções que o autor, pois, filha de um banqueiro, obteve a complacência da Justiça. A metáfora para a ganância de uma sociedade que adapta seus padrões éticos de acordo com os ganhos financeiros está em "A Prosperidade do Vício - Uma Viagem (Inquieta) pela Economia", do economista francês Daniel Cohen.
"O título de Sade, para os economistas, remete a Malthus, para quem a prosperidade é alcançada através do controle populacional. Guerras, epidemias e outros males seriam, então, benéficos para a sociedade", diz Cohen, que traça a história da economia ocidental, enquanto reflete sobre a relação do dinheiro com a satisfação.
"Depois que se ultrapassa um certo patamar, a riqueza não altera os níveis de frustração. A pressão social faz as pessoas sempre desejarem ter mais dinheiro que os vizinhos", afirmou Cohen, em entrevista ao Valor.
O dinheiro que compra a conivência com a transgressão também modificou conceitos morais, mas nem sempre visando apenas o bem-estar de pequenos grupos, observa Cohen.
"No século XVIII, na Europa, houve uma modificação do status moral da ganância, que passou a não ser mais considerada um mal, um vício, já que traria prosperidade e paz", diz o economista. Entretanto, a história mostra que paz e prosperidade nem sempre caminham juntas, lembra Cohen - tanto que justamente durante uma época de "prosperidade partilhada" eclodiu a Primeira Guerra Mundial. Se a Europa hoje se apresenta como o continente da paz e da prosperidade, diz Cohen, "é ao preço de uma formidável amnésia de seu passado recente". Para o economista, o maior risco no século XXI é a repetição, em nível planetário, da história do Ocidente, que, em quatro séculos de proeminência europeia sobre outros povos, terminou na barbárie da Segunda Guerra Mundial.
Vice-presidente da École d'Économie de Paris e professor da École Normale Supérieure, Cohen alterna observações históricas e esclarecimentos de economia em linguagem acessível a leigos. Um exemplo está nas páginas em que ilustra o perigo do consumismo desenfreado, que considera uma droga com milhões de dependentes e poder suficiente para "destruir nossa civilização". Cohen sugere aos leitores que imaginem as consequências para a Terra se um milhão de chineses que utilizam bicicletas decidissem trocá-las por automóveis.
"O planeta não consegue absorver tantos consumidores sem uma radical reorientação das normas em que se baseiam nossos padrões de crescimento. Hoje, na nova era do vício, para obter relevância social é preciso crescer financeiramente, ou seja, enriquecer ou perecer". O economista responsabiliza a avidez por consumo das famílias americanas por seu "formidável endividamento" e pela derrocada do sistema hipotecário, que resultou na crise financeira global.
O pessimismo de Cohen quanto ao futuro de um planeta exaurido pela ocupação predatória dos povos é compensado por sua confiança nos propósitos conservacionistas das novas gerações, ainda que faça ressalvas a formas de uso da internet, onde "florescem tanto os laços entre amantes de música quanto redes de pedófilos". Cohen ressalta que nada tem contra a rede, cuja criação considera tão importante quanto a invenção da máquina a vapor e da eletricidade, há 200 anos. "Os novos recursos sociais que a internet proporciona são, no mínimo, ambíguos. Os jovens estão ansiosos para usufruir de seus 15 minutos de fama, enquanto prostituição e dinheiro se apresentam como valores em qualquer canto da rede. É o mesmo velho mundo, com uma nova roupagem. O que anima é que esses mesmos jovens acreditam na necessidade da proteção ambiental. Isso faz parte da cultura deles, exatamente como acontece com a internet."
Embora se mostre descrente, Cohen tem esperanças de que haja cooperação entre os povos para reduzir as agressões ao ambiente. "Em tempos de crise, alinhar-se é uma regra difícil, pois significa fazer concessões para o bem público. A cooperação é a principal questão problemática no mundo atual. Depois da quebra do Lehman Brothers, a reunião de Copenhague do G-20 mostrou que há limites para a cooperação entre os países. O relacionamento entre a China e os Estados Unidos está mais difícil do que há dois anos. Da mesma forma, há mais obstáculos no relacionamento entre a Alemanha e outros países europeus, como Grécia, Irlanda ou Portugal", diz Cohen.
Uma das raras citações do Brasil no livro é como exemplo do papel de controlador populacional exercido pela televisão. Daniel Cohen afirma que o Brasil, por ser grande consumidor de telenovelas, chegou rapidamente a menores patamares de crescimento demográfico, pelo fato de novos conceitos e comportamentos serem assim disseminados.
"Acredito realmente nas projeções sobre o crescimento econômico do Brasil, mas tenho muitas reservas quanto à ideia de que a China entrará pacificamente nesse grupo. A Índia ainda tem muito a fazer para alcançar a segunda fase da democracia, ou seja, tornar-se uma democracia social, que se preocupa com os direitos de seu povo. O núcleo de meu livro é lembrar dos precedentes da Alemanha, que se tornou uma superpotência industrial na Europa do século XX. Isso levou à paz e à democracia, mas por quanto tempo foi assim?".
(Algumas das inúmeras fotos onde registro minha passagem por Liverpool em Junho de 2008)
John Winston Ono Lennon, nasceu em 09 de outubro de 1940 em Liverpool, e foi assassinado em 08 de dezembro de 1980.
(Fachada do Hotel A Hard Days Night)
Em todo o mundo, comemora-se o 70º aniversário de John Lennon.
Eventos, celebrações e solenidades em Liverpool, Nova York e também a estréia do filme “ O Garoto de Liverpool” dão cor a esse dia triste de boas lembranças de um ídolo mundial.
Quantas garotas e garotos, que como eu, amavam Beatles e Rolling Stones.
Não me cansava de ouvir Stand By Me, Imagine, Merry Xmas, Woman...
John Lennon deixou saudades, história e um belo repertório musical enquanto integrante do “The Beatles” e também em sua curta carreira solo, após se mudar para NY.
Foi um músico inconformado com a violência, lutou pela paz junto a Yoko Ono. Em sua biografia vemos fatos que talvez expliquem sua opção ideológica. No dia do seu nascimento a Inglaterra era bombardeada pelos alemães.
Estive em Liverpool em 2008 e a cidade respira e pulsa Beatles. Em todas as esquinas, bares, museus vemos símbolos, desenhos, imagens no Hotel A Hard Days Night e Museu dos Beatles.
Andando pela cidade com os amigos Sunny e Haroldo nos encontramos com vários brasileiros, dentre eles um rapaz de Salvador, que chorava de emoção por realizar um sonho visitando Liverpool.
Deixo aqui algumas imagens da minha passagem por Liverpool, link de 3 músicas e também uma mensagem de Yoko Ono:
(Painel da Sala John Lennon - Museu dos Beatles - a música Imagine toca todo o tempo como fundo musical. O piano, óculos, partituras de músicas e vários pertences de John Lenonn estão neste local)
Imagine (John Lennon)
(Outro painel com a letra de Imagine)
Para Lenonn e McCartney (Elis Regina)
(Um dos pubs onde os Beatles tocavam, sendo o 1º a Cavern Club)
Exercício de cambalhotar www.universodalma.worldexpress.com Olhar o mundo de ponta cabeça. Será que não é isto que nos falta para realmente ver o mundo? A roda do mundo gira a todo instante sem parar, mas sabemos... já sabemos... que podemos sair dela e parar. E não é por isso que a vida, nossa vida, também vai parar... Mas podemos... de repente... nos ver, sentir, viver ... a partir de outros prismas, outras esfera, outras freqüências. E quem sabe de outro lugar que nos deixe mais leves e felizes. Difícil? Será???!!! É só tentar. Já fazemos isso quando brincamos com uma criança, e de repente... nos permitimos ser criança. Já fazemos isso quando nos permitimos, gargalhar até chorar ... aliás é uma das melhores gargalhadas que se pode dar. Nos permitirmos... sim ... Só nós temos essa autoridade de permitir, de escolher aquilo que para nós queremos. Não é difícil olhar o mundo de ponta cabeça é só experimentar. Aí então!!!... A gente vai descobrir que é muuuuuuito mais difícil manter o mundo como “dizem” que está. Arminda de Fátima Correia
Experimentei e adorei ver o mundo de cabeça pra baixo. Faça você também, sem medo de ser feliz, de parecer ridículo. Ridícula é a vida e as coisas que temos que engolir algumas vezes... Bom domingo!
Minha amiga Akimi fotografou os ipês que florescem nessa época do ano aqui em Brasília e o Paulo Almeida fez uma matéria sobre esse encanto pré-primavera.
Ficamos assim, aguardando a chegada do ensurdecedor canto das cigarras e boas chuvas.
Vamos conferir?
Minas de Adélia Prado, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade...
Ler esses poetas é pegar o trem e atravessar as montanhas em busca de um horizonte. Horizonte perdido na poesia, na simplicidade, na mineirice.
Selecionei algumas frases :
Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade. (Carlos Drummond de Andrade)
A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca. (Carlos Drummond de Andrade)
Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.
(Carlos Drummond de Andrade)
O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
(Carlos Drummond de Andrade)
"O sonho encheu a noite.
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida...
E é dele que eu vou viver.
Porque sonho não morre"
(Adélia Prado)
"Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento" (Adélia Prado)
“Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, mas atravessa a noite, a madrugada, o dia, atravessou minha vida, virou só sentimento.”(Adélia Prado)
"Acho que o espírito da gente é cavalo que escolhe estrada: quando ruma para tristeza e morte, vai não vendo o que é bonito e bom". Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa)
Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar. Viver é muito perigoso...(Guimarães Rosa)
O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem...(Guimarães Rosa)
Ah, acho que não queria mesmo nada, de tanto que eu queria só tudo. Uma coisa, a coisa, esta coisa: eu somente queria era - ficar sendo! (Guimarães Rosa)
Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. (Guimarães Rosa)
Felicidade se acha é em horinhas de descuido (Guimarães Rosa)
Selecionei algumas modas de viola de músicos mineiros que ouviamos muito lá em casa (publiquei em 2008 Lembranças de infância: (http://edmeaoliveira.blogspot.com/2008/10/lembranas-da-infncia.html) sobre as reuniões, serestas e violões na casa de meus pais.
Coloco também um vídeo da Adélia Prado e ela fala sobre o poder humanizador da poesia.
A baixa umidade do ar que torna o clima extremamente seco aqui em Brasília chegou ao limite da minha tolerância. Fiquei pensando em algo que poderia fazer para mudar isso e não encontrei alternativa senão escrever sobre a água, invocar aos deuses e quem sabe, aprender a dançar a dança da chuva.
Das gotinhas na pia batismal à dispersão das cinzas em um rio, a água abençoa nossa vida.
Definindo vida como o intervalo entre a primeira inspiração e a última expiração, viver esse “GAP” torna-se mais prazeroso e saudável com ÁGUA.
Água traz serenidade, calma, acolhimento.
Água aduba a terra, abençoa o fruto.
Quando criança adorava colocar latinhas debaixo do telhado para ouvir com mais intensidade o barulho da chuva. Recordo com saudosismo alguns banhos de chuva e brincadeiras na enxurrada com meus irmãos.
Quem ainda não o fez, aconselho a experimentar.
É extremamente prazeroso tomar banho de chuva. Deixe cair a primeira pancada, depois vá pro meio da rua, da praça, seja onde for. Abra os braços, a boca e sinta o abraço e o gosto da chuva.
Parece maluquice, e pensando bem, acho que é mesmo.
Maluquice boa!
Tomar banho de chuva será meu propósito na primavera que começa.
Já escolhi também o tema desse momento prazeroso:
Vamos ouvir? Quem sabe esses sons mágicos trazem chuva pros lados de cá, mas sem exagero...
Credence Clearwater Revival – Have you ever seen the rain